Autocrítica

01-02-2019

Não quero falar sobre o tempo, mas acho que é inevitável, porque sinceramente, nestes últimos dias sinto que a vida está a passar diante dos olhos e eu não a estou a viver. Já se sentiram assim, incapazes de alterar a rotina ao ponto de se renderem ao comum?

Sinto-me como uma fugitiva, uma fugitiva da mudança. Uma vez disse a um amigo, que agora não passa de um conhecido, odeio ter de conhecer pessoas que não conheço e ele não me compreendeu, o que é normal, afinal todas as pessoas começam por ser desconhecidas, mas o que eu quis dizer é que tenho medo de dar a impressão errada, porque acredito que o primeiro contacto que temos com alguém são os primeiros que essa pessoa se vai lembrar, tenho medo de não conseguir passar uma boa primeira impressão, de não despertar interesse, ou pior, que essa pessoa me deteste logo ao início.

Sempre me importei com o que as outras pessoas pensam de mim e eu acho que é algo natural, vivemos numa sociedade em que o lema é agradar e agradar, estamos rodeadas de pessoas, pessoas com quem partilhamos o dia-a-dia e que não há como fugir, não me posso trancar em casa para o resto da vida (ou posso?), quero sentir-me à vontade e que os outros se sintam à vontade comigo.

Resposta ao meu eu : ÉS NEURÓTICA! Não podes agradar todas as pessoas e o primeiro contacto pode não ser o melhor, mas a pessoa pode vir a mudar de ideias uma vez que te conheça. Afinal podemos não gostar de uma pessoa ao início e o tempo dá a volta a coisa e percebemos que as julgamos mal, pode ser uma muito boa surpresa.

Eu acho que quando as pessoas dizem que não se importam com as opiniões de outras, eu penso para comigo que isso não é verdade, mesmo que vivam a vida a pensar que sim, podes não dar a importância que provavelmente uma pessoa neurótica dá (como eu por exemplo), mas importas-te sempre. É errado pensar assim?

Entretanto, se pensar bem na coisa há pessoas cuja opinião sobre mim me interesse mais, os meus amigos, a minha família, o meu namorado(a), estou a gozar relativamente a esta última parte, claramente, apesar de que num universo paralelo isto é uma afirmação.

Então a que conclusão podemos chegar?

não podemos.

Eu não sou sempre super positiva, eu acho que falta um pouco de negatividade nas pessoas super positivas, porque fogem ao realismo.

Então e as pessoas negativas são mais realistas?

Não, não são e não preciso de falar de probabilidades, nem da lei de Murphy, nem do espiritismo ou do tipo pensamentos positivos atraem resultados positivos, vou simplesmente dizer que acredito no equilíbrio, ponto final (literalmente).

Temos de estar conscientes que não vamos agradar toda a gente, independentemente do que façamos, há sempre um espaço para sermos criticados, julgados, afastados. Tenho que reconhecer o facto de que isto é verdade e a melhor forma de lidar é gostar de mim mesma, aceitar os defeitos, ressaltar as qualidades e melhorar, crescer... 

Está claro que isto é uma autocrítica, pensar sobre o assunto realmente ajuda-nos a ter uma melhor ideia de quem somos.


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