E assim termina

06-09-2019

Não sabia de ti, durante algum tempo parecia que estavas sempre aqui, demorei algum tempo a perceber que te foste embora, disseste-me adeus sem avisar, a justificação que me deste foi o suficiente para perceber que ainda pensavas em mim, mas não em nós, sempre estivemos condenados e nunca o soubemos até agora.

Depois de soltarmos os sentimentos que ainda nos ligavam, percebemos o tempo que perdemos. Contentámo-nos com migalhas e sabíamos perfeitamente que não era o suficiente para combater a fome. Deixámo-nos levar pela corrente e caímos no abismo. Tudo o que tivemos está guardado, naquela caixa que deixámos aberta durante anos. Foi uma morte lenta e foi por isso que doeu tanto, foi por isso que sentimos tanto. Queria esperar por nós até ao momento em que achasse que estivesse pronta, mas esse dia não chegou. 

Tens de deixar o passado ser passado, deixá-lo onde está, o conflito que se cria confunde qualquer oportunidade de avanço e a estagnação é o ponto que mais desprezo.

Passada a fase do luto, eu sinto-me em paz, sinto-me capaz de procurar felicidade que um dia pensei só a poder encontrar contigo, já não sonho acordada, já não sinto a ânsia do reencontro, a tua ausência já não é um peso que tenho de carregar comigo, ainda não sei o que fomos, não sei quem és, mas consigo viver sem saber a resposta. Eu ainda não encontrei aquilo que achava já ter.

Sei finalmente, que não te perdi e vou levar no meu próprio caminho as palavras, as mensagens e os sorrisos. Quero que tu também encontres felicidade e pessoas a quem contar os segredos que guardo comigo e que te apaixones da mesma maneira que eu estive por ti.

Esta é a última vez que escrevo sobre nós, esta é a última vez que te digo adeus e é sincero.

CM

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